Barra de São Miguel e Gunga – Maceió

Barra de São Miguel, Praia do Gunga – Estava tudo indo tão bem, mas…

Domingo, 13 de março

Acordamos, tomamos nosso café e seguimos rumo ao melhor que há em Maceió: Praia! Nesse dia fizemos um esquema bacana. Fomos à Barra de São Miguel, deixamos o Ousado estacionado lá e pagamos uma “Jangada Moderna” (com motor) para nos levar até a praia do Gunga, passaríamos a maior parte do dia lá para então voltar.

 

Esse passeio é interessante pois você pode conhecer as duas praias. A jangada sai da Barra de São Miguel, passa por um pequeno “aquário” (arrecife com alguns peixes e ouriços), e ainda para num banco de areia. Nesta parte você fica alguns minutos, dá para deitar nas pequenas piscinas que o banco forma e relaxar (mas observe que tudo isso só é possível na maré baixa). Lá também fica ancorado um barco onde o pessoal serve bebidas e petiscos. É bem gostoso. Essa dica nós pegamos com um senhor que conhecemos no dia anterior, nas Piscinas Naturais de Pajuçara, ele era morador da região.

 

Praia do Gunga

Chegamos ao Gunga, diretamente da Barra de São Miguel, e procuramos um guarda sol bem localizado. Encontramos um, nos acomodamos e um rapaz veio nos explicar como funcionava ali.

Prepare-se para a punhalada: Para usufruirmos daquela sombra teríamos de desembolsar R$: 150 no mínimo! Oi?! Sim, isso mesmo! Seria obrigatória a consumação desse valor.

Mas calma, há outros tantos guarda-sóis, basta você procurar em outras barracas. Foi o que fizemos. A poucos metros desse local perguntamos a um garçom quanto custaria para sentarmos ali e a resposta foi: apenas o pagamento do couvert artístico (havia uma senhora cantando um forrozinho bom) no valor de R$: 3,00 por pessoa e os 10% do garçom em cima do que consumíssemos, mas sem valor obrigatório estipulado. Ufa, é aqui que vamos ficar.

 

Nota: A Praia do Gunga, por ser um local muito famoso e turístico, não é um local barato para se passar o dia. O estacionamento é pago, a água de coco custa R$: 5,00 e querem te cobrar por tudo. Ainda assim vale a pena ir, ficar em um guarda sol desse esquema que ficamos e curtir a água morninha. Programe-se, pois vale a pena!

Ficamos ali a tarde toda, almoçamos, estava tudo muito bom até que…meu corpo começou a reclamar, dor nas costas, calafrios – mesmo com um calor de mais de 30º.

 

Dica sobre outros atrativos da praia do Gunga: 

1- Fiz algumas pesquisas e vi que existem, além do passeio que fizemos de jangada (Barra de São Miguel – Gunga), passeios de lancha e de Buggy. Falam muito bem dos dois passeios, especialmente o segundo, pois os bugueiros passam pelas falésias.

2-  Algumas empresas oferecem o passeio Praia do Francês, Barra de São Miguel e Gunga no mesmo dia. Esse eu não recomendo, pois fica corrido e você não aproveita bem.

3- Li também sobre o Mirante que fica no Gunga, falam muito bem. Não deixe de ir.

 

Marcamos com o jangadeiro de ele vir nos buscar as 15:15, pois a essa hora muitos já partiram e a praia começa a esvaziar. Nossa intenção era ficar ainda um tempo na Barra de São Miguel, mas meu corpo foi tomado com um cansaço extremo, eu só queria deitar na canga. Lembro que cedo, quando chegamos eu fiquei doida de vontade de experimentar uns biquínis que vi nas lojinhas que tem por ali, na hora de ir embora eu até tentei me animar para experimentar um, mas a missão foi abortada logo.

 

Como assim uma Dengue, produção?!!!

É amigo(a), nem sempre as coisas acontecem conforme planejado. Fato é que longe de casa você deve se prevenir da melhor forma possível e tentar evitar os perrengues, se planejando, levando remédios, documentos, cartão do SUS ou do plano de saúde, as vezes até tomando vacinas. Mas né?! Nada é garantido. Se tem uma coisa que nós levamos conosco, devido a tamanha repercussão sobre casos de Dengue, Zica Vírus e Chikungunya nos estados do Nordeste, foi o repelente, mas já era tarde.

Domingo eu senti os primeiros sintomas, eles chegaram a incomodar tanto que fui parar no hospital com Fábio. Imagina você, sentindo dores pelo corpo todo, uma fraqueza de não conseguir se manter em pé, e ter que sair por uma cidade que você não sabe onde fica NADA em busca de um hospital que aceite seu convênio?! É, não foi fácil, o primeiro hospital que passamos, da Unimed não aceitava.

Ao chegarmos no hospital eu aguardei um bom tempo até ser atendida. Lembro que sentia dores no corpo todo mas a que mais me incomodava era a dor abdominal, pois ano passado eu sofri³ com pedra no rim.

Eu praticamente induzi o médico a acreditar que eu estava com cálculo renal. Ele pediu coleta de sangue, urina e mandou que eu fizesse um raio X. Também passou dois medicamentos para dor na veia. Lá dentro foi demorado até que eu fosse medicada, mas o pessoal me tratou muito bem.

Gostaria de deixar claro que a doença foi contraída onde vivo, Cidade Satélite do DF.  De acordo com nossas pesquisas, o vírus só se manifesta entre o 3º e o 15° dia após a picada. Como meus primeiros sintomas apareceram no nosso terceiro dia, em Maceió e a região onde moro está tomada pelo mosquito, já viu né? (azar!)

Obs: O Estado com maiores casos das doenças causadas pelas três espécies de mosquito – Dengue, Zica Vírus e Chikungunya – é Pernambuco. Ou seja, em Porto de Galinhas usávamos repelentes com frequência. Faça isso. Há restaurantes que, inclusive, oferecem à seus clientes. 

 

Segunda- feira, 14 de março – Praia do Francês, estrada, dores

Acordamos, tomamos nosso café e fizemos o Check Out no hotel. Nessa manhã eu me sentia super bem. No resultado do raio X tirado na noite anterior não apareceu nada, sem pedras. Os exames de sangue e urina ficariam prontos nessa segunda, mas né? Tô me sentindo bem pra caramba, a vida segue!

Fomos à praia do Francês, outro belo local para se passar o dia. Tomamos sol, demos alguns mergulhos e postamos fotos nas redes sociais (afinal, praia em plena segunda-feira é puro “lusho”..rs).

 

Nessa manhã eu tomei uma caipirosca de seriguela e um chopp nota 10!praia do frances - barra de sao miguel - maceio - jangada - praia do gunga

 

Passava das 12h quando o tempo deu uma “fechada” e ameaçou chover. Resolvemos então almoçar no restaurante que fica ali mesmo, na Orla.

Partiu Maragogi

Almoço terminado, vestimos roupas secas e nos preparamos para pegar estrada destino à Maragogi. Até aí tudo bem… Acho que foi por volta das 15h que as dores voltaram e já estávamos distantes de Maceió. Fábio estava animado e procurava aquele papo descontraído de casal na estrada, mas percebeu que eu não estava bem. Eu passei boa parte dos 130 km, que separam as duas cidades, sentindo dores, ardência nos olhos e ânsia de vômito.

Chegamos na Pousada Shalom Beach e eu já não aguentava, doía tudo. Tomei Buscopan Composto e nada, resolvi então apelar para o Torsilax, demorou, mas uns 40 minutos depois as dores diminuíram. Eu não entendia o que estava acontecendo, mas sim, já desconfiava da Dengue. Pedi pro Fábio jogar “sintomas de Dengue” no Google. Meus sintomas batiam com quase todos. Eu só não sentia febre alta, até então.

E como tratar a doença?! Aí que tá, não existe tratamento para a Dengue, apenas repouso, muita água e o uso do paracetamol a cada volta das dores. Parte da composição do Torsilax é paracetamol).

Era noite quando me senti bem melhor e saímos então para jantar. Antes passamos na UPA da cidade. Queria fazer o teste para confirmar a Dengue, mas na unidade ainda não havia o material necessário para o exame de Sorologia.

Jantamos no Taocas, compramos uma “arte” que um garotinho fez ali mesmo na nossa frente, e marcamos o passeio às galés, com uma senhora que nos ofereceu. 

restaurante taocas - maragogi - alagoas - barra de sao miguel - maceio

 

Marcamos para o dia seguinte, pois mesmo eu estando doente, só teríamos maré baixa em horário bom por mais dois dias. A lua estava passando para crescente, ou seja, maré alta.

 


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Mônica Rodrigues

Leonina, brasiliense de alma e coração, graduada em Administração em Comércio Exterior e apaixonada por tudo o que envolve o ramo (apesar de não atuar nele). Tem verdadeiro fascínio pelo desconhecido. Acredita que pessoas se tornam melhores ao se depararem com o externo/ diferente, o que foge da “bolha”. Se sente em paz ao viajar e carrega consigo seu namô e sua família pra onde quer que vá.

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