São Miguel dos Milagres – O que Fazer

Quarta-Feira, 23 de março – São Miguel dos Milagres (Rota Ecológica)

Chegamos à tão esperada São Miguel dos Milagres. Eu não vou mentir para vocês. Cheguei a esse lugar com nível elevado de expectativas. Sendo bem sincera?! Sim, elas foram prontamente superadas!

Através do nosso planejamento pré-viagem, decidimos em cima da hora (faltando um mês) que ficaríamos dois dias em São Miguel dos Milagres. Não ficamos mais pela impossibilidade de vagas na pousada – véspera de feriado.

Olha, planejar uma viagem não é uma tarefa das mais fáceis, mas montar nosso roteiro para passar dois dias aqui foi tipo assim: 10 abas abertas no PC e bloco cheio de anotações…Você pesquisa até não aguentar mais, e acha informações picadas em várias páginas. Prometo passar as melhores dicas que puder para te ajudar, mas já adianto: o site mais completo e que nos ajudou bastante é o Viaje na Viagem – veja aqui uma das postagens sobre o local.

Por que eu tô falando isso tudo?! Toda aquela região faz parte da chamada Costa dos Corais (inclusive Maragogi). Isso significa que em toda área estão “escondidas” 14 praias semi desertas. São 40 km de praias exuberantes, rodeadas por fazendas de coco.

Como chegar:

O acesso mais próximo à São Miguel dos Milagres é partindo de Maceió – AL101 (94km). Para quem vem do lado oposto, Recife – PE060, mais detalhes na postagem anterior (aqui).

 

Praia para chamar de sua

A Rota Ecológica já é famosa e bem conhecida, mas ainda mantém características que afastam o turismo de massa: dificuldade de acesso e falta de estrutura. E isso é ótimo! Se você procura sossego e um verdadeiro desligamento do mundo, lá é o ponto certo!

Porém veja: se você procura barracas, estrutura com guarda sol, bebidas, etc…esqueça!

Dica que peguei em outras páginas e repito aqui: Hospede-se em uma pousadinha de charme e pé na areia à beira de qualquer uma daquelas praias e sinta sua alma agradecida!

Nós que “adoramos” abordagens insistentes, ambulantes e lugares lotados – vide nossa passagem por Porto de Galinhas – nos sentimos no céu, no paraíso!




Onde Ficar:

Nós escolhemos a Pousada Chalés Maresia, situada em São Miguel dos Milagres, para passar esses dois dias. A pousadinha possui acomodações simples mas ideal para nosso perfil, com excelente custo benefício! Apesar de não ser “pé na areia”, ficava a poucos passos da Praia. Os proprietários sempre muito gentis e prestativos nos ajudaram com nossa programação. Como chegamos já de noite no dia anterior, Tino, o dono da pousada ligou para o jangadeiro, seu Antônio e reservou com ele nossa ida às Piscinas Naturais.

 

Nosso dia:

Acordamos levemente decepcionados com o clima. Chovia…Ah nem São Pedro! Tomamos nosso café e aguardamos. A maré estaria mais baixa as 10 horas. As 9 a chuva se transformou em leve sereno. Nossa oportunidade seria aquela! Saímos rumo ao mar, andamos bastante pois nesse momento a maré já estava bem baixa. Subimos na jangada e seguimos. O sereno insistiu em ficar, mas parou assim que chegamos às Piscinas Naturais. A partir daqui o vento soprou a nosso favor, tivemos (mais uma) manhã incrível!

Não vou me estender muito descrevendo tais piscinas…Veja e use da sua imaginação para ter uma ideia do que sentimos. (Até porque, né? Só estando lá para saber…)

 

O passeio as Piscinas Naturais saiu por R$: 35,00 cada

Dicas (Já falei 10 vezes, mas..)

1-Leve seu Snorkel;

2- Câmera a prova d’água ou smartphone com capa protetora;

3- É bom levar água e um lanchinho (frutas, barra de cereal);

4- Cuidado onde pisa: ouriços em todos os corais;

5- Dinheiro trocado para pagar o passeio.

 

Associação Peixe-Boi

Era por volta de 12:30 quando chegamos à Pousada e resolvemos refletir sobre o passeio que tínhamos acabado de fazer. Relaxamos na piscina da pousadinha sob um sol firme e calorão merecidos!

Mônica, minha xará e dona da pousada nos aconselhou fazermos a visita à Associação do Peixe-Boi. Ela própria agendou para nós (muito amor né, gente?). As 15 horas em ponto estávamos na sede.

O trabalho dessa associação é admirável e assim como o Ecoassociados, de valia inestimável! No Brasil o peixe-boi é o mamífero aquático mais ameaçado de extinção. O animal não possui defesas, e é extremamente vulnerável. Já foi alvo de caça intensa no passado e ainda é alvo de pesca criminosa, especialmente os da região amazônica.

Mas hoje, a principal ameaça aos peixes-boi-marinhos é a destruição de seus habitats naturais advindos da ocupação humana e exploração econômica dos nossos litorais. (fonte: Página da Associação Peixe-Boi).

O trabalho dessa Associação consiste em preservar a espécie e manter o contato homem-natureza através do Turismo de Base Comunitária.

Pagamos R$: 50/cada pelo passeio. Durante o trajeto você atravessa o mangue e segue até as jangadas que funcionam manualmente. Um guia vai acompanhando cada grupo e detalhando toda a história do trabalho feito ali. É lindo saber sobre quantos animais foram resgatados e reintroduzidos na natureza. Todos os peixe boi e peixe-vaca peixe-mulher possuem nomes e carregam um chip. Alguns já foram reintroduzidos na natureza com sucesso, outros, infelizmente foram assassinados (soubemos de 2 casos) e um deles teve que voltar ao Rio Tatamunha, sem acesso ao mar, pois já estava demasiadamente dócil para viver na natureza.

Apesar dos grandes mamíferos não terem chegado próximo à nossa jangada, poder ver de perto esses grandões e saber do carinho e cuidado que os mesmos recebem é algo animador! Lembre-se: se algum dia você estiver na região, não deixe de fazer esse passeio pois te leva a repensar sua relação com a natureza!

 

Dicas do passeio no Rio Tatamunha:

1- É necessário agendamento antecipado;

2- A Associação fica no município de Porto de Pedras, muito perto de São Miguel dos Milagres. Mas é necessário um veículo.

 

Voltamos para a pousada antes do sol se por. Mas antes, paramos em uma simples padaria da vila de São Miguel dos milagres.

Sobre esse ponto deixo aqui a seguinte observação:

Como falei anteriormente, uma boa ideia nessa região é se hospedar em uma pousadinha de charme e pé na areia. Pois bem, além dessas características, é bom você procurar uma pousada que ofereça refeições e lanches. A nossa infelizmente só oferecia café da manhã. Esse é um ponto a ser melhorado, pois a cidade oferece poucas opções. Durante essa tarde, por exemplo, nem no mercadinho encontramos algo interessante para lanchar. Na padaria pedimos um pão na chapa e iogurte. Ok matar a fome assim quando você passa um ou dois dias, mais do que isso fica enjoativo, né gente?

A caminho da pousada, enquanto Fábio guiava o Ousado eu fazia uma pequena reflexão sobre aquela cidadezinha e as tantas outras tantas ao redor:

“Marminino, se tem uma corra que eu gosto é de cidadezinha do interior. Aqui além das casinhas simples, coladas uma a outra, você passa de carro cruzando as ruas e tem que desviar do pessoal de moto (sem capacete), dos ciclistas, das pessoas, dos cachorros, gatos e galinhas, dos tratores, carroças, crianças jogando bola…e por fim, dos buracos! #AindaBemQueAGenteNãoTáComPressa.” 

A noite jantamos no Restaurante No Quintal. Mais uma experiência gastronômica pra lá de interessante! (em breve, resenha).

É gente, nosso dia foi sensacional, mas nem de longe desfrutamos da metade dos atrativos que ali existem. Reitero: Atrativos perfeitos para quem busca sossego, paz, relaxamento, “apertar o botão off e ser feliz”! 

Fique com a gente e saiba mais, em breve! 


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Mônica Rodrigues

Leonina, brasiliense de alma e coração, graduada em Administração em Comércio Exterior e apaixonada por tudo o que envolve o ramo (apesar de não atuar nele). Tem verdadeiro fascínio pelo desconhecido. Acredita que pessoas se tornam melhores ao se depararem com o externo/ diferente, o que foge da “bolha”. Se sente em paz ao viajar e carrega consigo seu namô e sua família pra onde quer que vá.

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