Jijoca de Jericoacoara e a Lagoa do Paraíso – Ceará

Sexta-Feira, 13 de Novembro (de Frecheirinha à Jijoca de Jericoacoara)

Engraçado, ainda teríamos 12 dias de aventuras pela frente, mas desde o dia anterior a este, eu já sentia uma depressão pós viagem. Loucos e apaixonados por viagens sabem bem o que isso significa. Eu não queria me despedir da minha querida família e amigos, tampouco deixar para trás aquele doce aroma de infância feliz, mas, continuar era preciso. Até porque a próxima parada incluía a Lagoa do Paraíso.

Nesse dia meu primo nos levou até Sobral, de acordo com ele uma amiga conseguiu viajar à Jijoca em uma Van (que eles chamam de Topic) e tal transporte partiria às 15:00. Este foi o único meio de transporte que tomamos conhecimento. Não havia informações concretas sobre ônibus ou outros meios. Mas confesso que nosso medo maior era o de não haver nada, nenhum transporte.

A viagem não era algo que possamos chamar de confortável – a Topic parava muito e não tinha ar condicionado. Mas se para você alguns sacrifícios fazem parte do pacote felicidade e esse tipo de situação é apenas um detalhe, bate aqui! hehehe.

Chegando em Jijoca!

Chegamos em Jijoca por volta das 18:00. Mega empolgados, crentes que estávamos a poucos passos da Casa B&B, nosso ponto de estadia nos próximos dois dias. A Topic nos deixou ao lado de onde estavam alguns mototaxistas. Eles queriam nos levar, mas além do fato de cada um ir em uma moto, haviam 3 bagagens bem grandes (é gente, 20 dias, não deu pra fazer mochilinha, o que seria o ideal para aquela região).

Ali, ficamos meio perdidos, não havia taxi por perto. Massss, como exalávamos otimismo e positividade (rs), logo apareceu um rapaz se oferecendo para nos levar à pousada. Preço de táxi. Ok, tudo dentro da normalidade, tirando o fato de no carro dele estarem sua esposa, filho e mais um monte de detergente (oi?). Foi como coração de mãe, porque dentro de um gol coubemos nós, nossas malas e tudo isso já mencionado…rsrs. Demorou um pouco, Jijoca não é tão pequena quanto pensávamos e a Casa B&B ficava às margens da Lagoa do Paraíso, obrigando você a passar por uma estrada de areia, o que não é muito bom de se fazer em carro pequeno.

Tínhamos acordado um valor mas acabamos liberando 10 reais a mais pelo transporte, por nossa própria vontade, o rapaz foi muito gentil e ainda correu o risco de ficar com seu carro atolado.

Casa B&B

Finalmente instalados, de cara eu me apaixonei pela pousadinha! O ambiente é muito rústico, amplo, cheio de natureza. Assim que entramos na sala de estar, que é unida com a cozinha, já nos deparamos com uma fofa e extremamente amigável gatinha, a Mia! Ela vive ali, foi adotada desde bebezinha e é muito parecida com minha sobrinha de quatro patas, a Amy! Ambas são vira-latas com fortes traços de gato siamês. Foi impossível não pegar ela no colo, e para nossa sorte, ela parece ter gostado da gente. Ok, hora de deixar um pouco a gata em paz, levar as malas para o quarto e tomar um merecido banho.

Subimos – o sr. Delfin (dono da Pousada) abriu a porta e eu logo vi uma maravilhosa, quase reluzente, garrafa de espumante! Linda, dentro do balde de gelo e mais duas taças. Que delícia de surpresa! Eu não sabia pelo que estava mais admirada, se pelo amplo quarto, com varanda e rede preguiçosa, ou se pelo merecido presente! (merecido pro casal, viu gente?!..rs)

Estouramos o espumante, e ficamos ali um pouco aproveitando do momento, não poderíamos nos demorar pois já havíamos reservado um jantar no Chez Loran VIP. Por volta das 20:00 nosso transfer veio nos buscar, fomos de 4×4, que é o tipo de veículo ideal para se andar por ali. Chegamos no restaurante e mais uma vez nossos olhos brilharam.

Sábado, 14 de Nov. (Lagoa do Paraíso…que paraíso!!):

No sábado, acordamos bem cedo (muito cedo), apenas para ver o nascer do sol. Nesta casa há uma parte super interessante, que é o terraço. De lá, você tem uma vista privilegiada e belíssima da Lagoa do Paraíso, do céu e da mata ao redor…nessa hora colocamos a canga em cima do gramado que há ali e Mia nos acompanhou, toda serelepe, às 5 da manhã. Obviamente que após este espetáculo voltamos a dormir…rs. Levantamos novamente ás 9:00, nos arrumamos e descemos naquela expectativa que foi prontamente superada! Encontramos uma belíssima mesa de café da manhã. Frutas, geleias de diversos sabores, queijos, chás, sucos… fora a tapioca divina, preparada na hora.

Após estarmos devidamente alimentados, partimos rumo à Lagoa. Ahhh… a Lagoa Do Paraíso! Tão bela que nem parece real! Ficamos um tempo ali encantados, admirados! Nossos pés já dentro daquela água maravilhosa, transparente, morninha. Despertamos novamente (rs) e seguimos rumo ao Alquimista – Alchymist Beach Club, que se situa ao lado da pousada, caminhada de 10 minutos pela orla.

Achymist Beach Club Lagoa Paraíso Jijoca Jericoacoara

Nessa noite jantamos na pousada mesmo, desfrutamos do Menu Degustação oferecido pelo sr. Delfim.

Domingo, 15 de Nov. (Lagoa/ passeios/Preá)

Acordamos às 9h novamente, tomamos aquele café maravilhoso e fomos convidados por uma gentil hóspede suíça a assistir a “torragem” de castanha de caju. Ela parecia muito animada em saber como saía uma “nut”. Eu já sabia como se dava o processo, Fábio não. Então lá fomos assistir à torrefação. Nessa hora, todos os hóspedes estavam para assistir, ou seja, 3 casais. O casal suíço, outro italiano e nós.

Essa parte foi bastante curiosa. Os casais gringos assistiam a todo o processo sem nem piscar, aquilo tudo parecia muito diferente pra eles, e devia ser mesmo. Torradas as castanhas, era hora do trabalho “braçal”… rs. O Sr. Delfim entregou a cada um de nós 2 pedaços de madeira, um para colocar a castanha inteira e outro para bater e retirar a casca. Em cerca de 5 minutos, várias e deliciosas amêndoas estavam prontíssimas para serem degustadas. Delfim então separou toda a quantidade em 3 saquinhos e deu 1 a cada casal como recompensa pelo divertido trabalho.

Já se passavam das 11 horas quando finalmente voltamos à Lagoa do Paraíso. Nesse dia não podíamos nos demorar pois teríamos que fazer o check-out, pegar nosso transfer e seguir para os passeios, nosso destino final seria Jericoacoara. Chegamos mais uma vez no Alquimista (me recuso a chamar uma lagoa do Ceará de “Alchymist Beach Club”!), demos vários mergulhos, tiramos várias fotos “lindas de com força”, nos encantamos uma vez mais e voltamos à pousada (foi difícil essa volta, visse?). Lá, tomamos um rápido banho, colocamos nosso uniforme (outra roupa de banho, seca), fizemos todos os trâmites e partimos.

 

Partiu jeri!

Nosso passeio poderia ser feito de Buggy ou 4×4. A diferença de preços era pequena e de caminhonete teríamos maior segurança sobre nossas malas, essa foi então nossa escolha. No caminho passamos mais uma vez pela Lagoa do Paraíso, também pela Lagoa Azul (lindíssima), subimos e descemos dunas até chegarmos à Praia Do Preá. Aqui, paramos no Vivendo do Mar para o almoço. Estávamos famintos e o garçom nos indicou o peixe vermelho grelhado. Olha, que peixe maravilhoso! Super fácil de ser devorado, ele sai na colher, quase que se desmanchando. Eu gostei muito e Fábio pirou! rs.

Entramos na caminhonete novamente e… o que vem pela frente, a gente conta no próximo post! Não deixe de acompanhar!

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Melhores Destinos

Dicas para quem vai à Jijoca de Jericoacoara: 

*Pesquise hospedagem antecipadamente, principalmente se você for em alta temporada;

* Beba bastante líquido, comidas leves e roupas leves;

* Na região venta muito, mas não se engane, o sol é bastante forte! Portanto, abuse do protetor solar;

* Leve dinheiro em espécie. Lá é bem complicado de se conseguir sacar. 

Dúvidas? fale com a gente. Teremos o maior prazer em ajudar. 


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Mônica Rodrigues

Leonina, brasiliense de alma e coração, graduada em Administração em Comércio Exterior e apaixonada por tudo o que envolve o ramo (apesar de não atuar nele). Tem verdadeiro fascínio pelo desconhecido. Acredita que pessoas se tornam melhores ao se depararem com o externo/ diferente, o que foge da “bolha”. Se sente em paz ao viajar e carrega consigo seu namô e sua família pra onde quer que vá.

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