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São Miguel – Road Trip a partir de Porto de Galinhas

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Terça-Feira, 22 de Março – Praia de Tamandaré, Natureza na estrada, Rota ecológica, Ousado de Balsa, São Miguel…ahhh…São Miguel dos Milagres!

Passava das 10h quando chegamos em Tamandaré. Logo depois sairíamos para São Miguel dos Milagres. Minha sensação ao olhar aquele mar super-hiper-mega-ultra verde esmeralda, reluzente e calmo foi de total inquietação! Gente, eu sei que todos os locais que passamos são assim, enlouqueci com todos, mas a cada nova praia que descobríamos, éramos tomados por um alvoroço difícil de ser explicado. Como se nossa criança interior voltasse com toda força. Tudo é perfeito de mais, de encher os olhos!

Agora, sabe qual foi a nossa grande descoberta sobre essa praia? Que ela é quase inabitada, pouco explorada até mesmo pelos amantes de viagens! Uma excelente pedida para um programa fora da rota. A Praia de Tamandaré é continuação da Praia dos Carneiros e vice versa, ou seja, é tão linda quanto a prima rica, mas menos popular, com estrutura (quiosques) mais simples e, consequentemente, com preços muito mais convidativos! Aqui você não paga estacionamento.

Voltando… primeiramente chegamos a Orla onde haviam os quiosques, mas decidimos não parar ali ainda. Optamos por explorar melhor a praia (mentira, estávamos doidos para chegar à igrejinha de São Benedito, mas descobrimos que ela fica em Carneiros, em propriedade privada – ou seja, acesso pago. Sim, descobrimos tardiamente. Blogueiro de viagem também falha na programação, gente. What a shame!)

Fizemos uma confusão danada pedindo informações que acabaram nos levando até outra igreja, a Igreja de São Pedro. Ok, é igreja também, localizada na Orla e histórica. Talvez não tão bonita quanto a de São Benedito, mas olha aí meu povo…tem seu valor né?! Coisa mais linda!

 

Voltamos à parte onde ficam os quiosques. Havia cerca de 10, nem todos estavam abertos aquela hora. Ficamos em dúvida sobre qual escolher para ficar, até que começamos a ouvir um forrozinho rolando, ao vivo…aí já viu né? rs.

Nos acomodamos embaixo do guarda sol, admiramos aquela imensidão de mar, demos vários mergulhos e ouvimos a bandinha. Fábio tomou uma gelada enquanto eu fiquei no suco. Almoçamos ali mesmo. Conhecemos um vendedor de cocadas famoso na área.

 

A tarde, enquanto caminhávamos ao local onde o Ousado estava estacionado, eu reparei que bem ao lado, havia um quiosque chamado Submarino Amarelo. Ora se não, um ambiente todo decorado em homenagem aos Beatles, mas com um toque especial de “nordestinês”, a coisa maaais fofa! Pena que naquela hora do dia ele estava fechado. Pesquisei no TripAdvisor e o local é realmente bom, tem ótima colocação.

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Lado Negativo de Uma Road Trip

Uma importante observação que tenho quase o dever de abordar (já que estamos aqui, devo prezar pela segurança de nossos leitores, da melhor forma possível) é o lado negativo em se pegar estrada: Sim, há desvantagens impostas à tarefa. A pior para mim, como mencionei, é o lenga lenga de “fazer mala, desfazer mala”, mas devemos considerar também os custos (revisão antes de se pegar estrada, gastos com gasolina, etc) e, principalmente os riscos: dirigir em locais desconhecidos é chato, e na estrada isso pode ser mais estressante para alguns devido o maior cuidado e atenção que a tarefa demanda.

Conheço muita gente que não gosta de dirigir em locais onde nunca estiveram. Outros tem medo da estrada mesmo, e o maior medo a meu ver, são as ultrapassagens. Se você não tem experiência: Não vá! Pelo menos não no primeiro momento. Comece fazendo pequenas viagens onde você mora. Quem acompanha o blog sabe que nós pegamos estrada a primeira vez em 2011. Primeiro fomos à Pirenópolis: 150 km de distância e no mês seguinte fomos à Chapada dos Veadeiros: 230 km. Enfim, falo isso não para desencorajá-los, muito pelo contrário. Confiança se adquire com experiência (e essa frase também cabe para outras coisas da vida…Como é, Mônica? Nada não, amiguinho(a)).

 

Para facilitar sua vida:

Tenha sempre disponível um GPS. O Waze é ótimo pois te dá a localização exata dos locais, mas para que ele funcione é necessário uma boa internet. Ele também funciona off-line (se você já tiver usado ele para o local escolhido quando havia internet), funcionou com a gente, mas não é sempre que ele responde. Se não fosse por ele, estaríamos procurando até agora a pousada Chalés Maresia, em São Miguel dos Milagres.

 

O lado verdadeiramente bom em se pegar estrada…

Sim, agora vamos à parte boa. Se aventurar na estrada em locais onde você nunca esteve é algo que pode trazer surpresas capazes de marcar sua vida para sempre! Nosso Brasil é cortado por paisagens estonteantes, pores do sol incríveis, natureza belíssima e cidadezinhas que são um charme particular!

 

O nosso caso?! Continue nos acompanhando e veja que belos presentes essa aventura nos proporcionou!

Pegamos estrada novamente e no caminho de volta passamos pela Reserva Biológica de Saltinho. A via forma enormes túneis verdes. Essa reserva é uma das maiores e mais importantes áreas de preservação de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro. Lembro que ficamos encantados com essa parte do caminho já na ida à Carneiros, mas decidimos parar para contemplar um pouco e tirar fotos só na volta.

Obs: Para se conhecer melhor toda aquela fauna e flora é necessária a autorização do IBAMA. Saiba mais aqui

 

Seguimos rumo à São Miguel do Milagres, passando pela mesma estrada que viemos de Maragogi. Era por volta de 16h quando fizemos uma pausa na Tapiocaria da Martha, eu já comentei sobre ela aqui. Fizemos um lanche gostoso e passamos no banco para sacar dinheiro.

tapiocaria da martha - maragogi - alagoas - sao miguel dos milagres

Dica: Leve dinheiro em espécie à São Miguel dos Milagres, pois nem todos os estabelecimento aceitam cartão (válido também às pousadas). Alguns até aceitam, mas há o problema da falta de sinal.

Fome saciada, dinheiro no bolso. Partiu São Miguel dos Milagres. Seguimos pela mesma estrada até o Waze nos mostrar uma entrada. Nessa hora você pega a entrada de Japaratinga e segue pela mesma rodovia estadual. Nessa parte você é contemplado por um caminho de pedras que passa pela Orla, olha…pense numa viagem “estressante”?! Você ali dirigindo e vendo aquele mar perturbadoramente verde esmeralda! Cê tá doido! Seguimos “reto até o fim da vida”…rs

Fim da linha, a estrada acabou do nada. Chegando a um rio e ficamos desorientados..cuma?! Pois é, mas antes de você dar meia volta p*** da vida com o Waze, deixe eu te contar: A maneira mais rápida de se fazer a travessia entre Japaratinga e Porto de Pedras (que é também o caminho mais curto à São Miguel do Milagres), é utilizar a balsa no Rio Manguaba. É! Por essa a gente não esperava. Como estávamos sem pressa, aguardamos na fila. Enquanto a balsa não chegava, observávamos atônitos o pôr do sol. É gente, sair da confort zone pode te trazer surpresas incontáveis…

 

Chegada em São Miguel dos Milagres

Chegamos em São Miguel dos Milagres já no escuro. Não foi uma tarefa fácil encontrar a Pousada Chalés Maresia, mas conseguimos! Fomos muito bem recepcionados pelos gentis proprietários da pousada. Após um tempo jogando conversa fora e pegando dicas, resolvemos sair pra jantar. Fomos à Porto dos Milagres Restaurante e Creperia, tivemos um jantar delicioso e voltamos para o nosso merecido descanso!

Dicas gerais:

Praia de Tamandaré: De acordo com nossas pesquisas, a partir do mês de Dezembro até o carnaval a cidade de Tamandaré “pipoca”, tanto por ser alta temporada quanto por conta do Tamandaré Fest. Logo, se você é baladeiro: “Se joga!”, mas se você não curte, evite ir à região! 

 

Travessia do Rio Mangaba:

1- Não confie cegamente no GPS, pois a rota que ele te passa costuma ser a maior, uma enorme volta pelo interior do estado. Tente o Waze, leve um mapinha ou peça ajuda aos moradores da região.

2– Atente-se ao horário (tente ir durante o fim da tarde) e a época que você está na região, pois em alta temporada a fila de carros costuma ser bem grande. A balsa tem capacidade para levar 6 carros por vez. Pagamos R$ 12 (se não me engano).


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